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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sansung Galaxy S

Esquanto escrevia o review do Samsung Wave, há cerca de dois meses, não pude deixar de pensar: “É uma pena que a Samsung não tenha usado o Android”. Baseado em um sistema operacional desenvolvido pela própria Samsung (o Bada OS) e com hardware de primeira o Wave é um senhor smartphone, mas o novo sistema sofre de uma falta crônica de aplicativos em sua loja online, o que limita a versatilidade.

Parece que a Samsung ouviu meus pensamentos. O Samsung Galaxy S pega tudo o que o Wave tem de bom (como a incrível tela Super AMOLED e o processador de 1 GHz), deixa ainda melhor (com recursos inéditos como TV Digital) e amarra o pacote com o Android 2.1, uma das mais recentes versões do sistema operacional da Google.

O resultado é um aparelho excepcional, que se destaca não só entre os concorrentes produzidos por outros fabricantes como é capaz de competir diretamente com o cobiçado iPhone 4, atual “queridinho” no mundo dos smartphones. Continue lendo e descubra porquê.

Hardware

Vamos ser francos: ao olhar para o Samsung Galaxy S é impossível não pensar “iPhone 3GS!”. Frente preta dominada pela tela e com poucos botões, cantos arrendondados, borda metalizada... até a posição dos botões de volume na lateral esquerda é a mesma. Ele é maior, medindo 12,2 x 6,4 x 0,9 cm, mas consegue ser mais leve: 119 gramas, contra 134 gramas no iPhone 3GS e 137 gramas no iPhone 4.

Provavelmente o motivo é a escolha de materiais: o iPhone usa aço inoxidável e painéis de vidro, enquanto o Galaxy S é inegavelmente de plástico. Ainda assim, ele não passa uma sensação de fragilidade: pelo contrário, tem uma aparência muito elegante.

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Se por fora o Galaxy S se parece com um iPhone, por dentro se parece com o Samsung Wave: a configuração-base, com processador de 1 GHz e 512 MB de RAM é a mesma. Wi-Fi, GPS, Bluetooth, bússola eletrônica e acelerômetros estão presentes. A câmera também tem 5 MP, mas não tem Flash, e há uma câmera frontal secundária para auto-retratos e videochamada (como no "FaceTime" do iPhone 4). A memória interna agora é de 8 GB (6 GB disponíveis ao usuário, 2 GB usados para o sistema operacional), expansível com cartões micro SD de até 32 GB.

A tela cresceu, de 3.3 para 4 polegadas, com a mesma tecnologia Super AMOLED que impressiona a todos que a vêem. Contraste excelente, ângulos de visão perfeitos, cores vivas que saltam aos olhos e nitidez sem igual. É difícil voltar a um smartphone com uma tela LCD “convencional” após usar o Galaxy S por apenas algumas horas.

Em comparação direta com o tão falado “Retina Display” do iPhone 4 notamos que a tela do Galaxy S ganha em contraste e saturação de cor, mas perde (não por muito) no quesito brilho máximo. Nada que prejudique seu uso no dia-a-dia.

Software

O Samsung Galaxy S roda uma interface própria desenvolvida pela Samsung, que o deixa com a mesma aparência (e comportamento) do Wave. Ela pega emprestados vários conceitos do iPhone OS e do Android e os “tempera” com algumas idéias próprias, então qualquer um que já tenha usado um aparelho com estes sistemas irá se adaptar rapidamente.

São ao todo sete telas iniciais que podem ser personalizadas com ícones e widgets, além de uma “dock” fixa na parte de baixo da tela com atalhos para o discador, lista de contatos, lista de mensagens e menu de aplicativos (que a Samsung chama de aplicações). Aqui persiste um problema que já se manisfestava no Wave: os widgets da Samsung tomam espaço demais na tela. O “Daily Briefing”, por exemplo, exige uma tela inteira, mesmo que só use metade dela para exibir informações. Outro problema é que a Dock não é personalizável.

A Samsung incluiu no sistema o teclado Swype, que promete mais agilidade através de um novo método de digitação: em vez de tocar letra a letra, o usuário passa o dedo sobre a tela, traçando um “caminho” entre elas. O conceito pode soar um pouco estranho, mas depois que você se acostuma (o que não demora mais do que alguns minutos) realmente a digitação fica mais rápida. E graças ao tamanho da tela o teclado virtual tradicional é bastante espaçoso, tanto nos modos paisagem quanto retrato, o que favorece a velocidade de digitação e precisão.

Fora a interface e o teclado, a Samsung mexeu pouco no Android. Há alguns aplicativos extras pré-instalados, como um cliente de e-mail da própria Samsung, gravador de voz, bloco de notas, o “Escrever e Enviar” que permite postar uma mensagem em várias redes sociais ao mesmo tempo, o navegador de realidade aumentada Layar e um cliente próprio de mensagens instantâneas (Samsung IM).

É curiosa a presença de uma loja de aplicativos própria, a Samsung Apps, além do tradicional Android Market. Curiosa porque enquanto a loja do Google tem mais de 100 mil aplicativos disponíveis, a da Samsung tem apenas cinco. Não, você não leu errado: são cinco mesmo. Pelo menos há entre elas uma versão gratuita do excelente jogo Asphalt 5 (também presente no Wave)

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